Tudo depende da flexibilidade do rabinho da tartaruga, é o que costumo dizer.
Não existe o certo e o errado na sociedade. O que existe decerto é a conveniência, ou você teria a coragem de me dizer que você criticaria um traficante dentro da comunidade dele, no meio do pessoal dele ( diga-se armados até os dentes ). É claro que não. As pessoas em sua maioria que defendem ferrenhamente sua opinião, o faz em meio a pessoas que ela deseja subjugar ao seu modo de vida. Para essas pessoas é mais fácil tentar mudar as pessoas a sua volta, que conciliar sua filosofia com o modo de vida alheio.
E o que dizer daqueles sem luz própria, que vivem grudados em pessoas de maior fama ou aparência apenas para brilharem um pouco mais. Se sentem importantes por apoiar a importância dos outros.
Então entra a questão: é certo errado ou conveniente para todos, esse tipo de atitude ? Como se diz no enunciado de Einstein tudo depende do referencial, ou seja, depende do angulo em que se olha.
Para essas pessoas é conveniente. Ora, quem não gostaria de ser o artista de quem é fã ao invés de apenas estar perto dele, ou simplesmente de se estar no lugar dele, ou então ter o talento ou o carisma.

Ao idoso por respeito se for moralidade, por medo de envelhecer se for adequado.
A gravida por amor a maternidade, por conveniência no medo de levar uma surra dos passageiros .
Ao deficiente físico não existe moralidade ou conveniência o motivo é simplesmente um " caramba poderia ser eu", e em alguns casos o medo de que aconteça o mesmo por castigo divino.
Mas em qualquer um dos casos todos já presenciamos pessoas fingindo dormir para sair da situação do certo e errado para sua própria conveniência.
a criança que nos pede para comprarmos uma bala ou um chiclete depende muito do nosso humor no momento em que ela vem nos oferecer. Se de bom humor compramos a mercadoria e justificamos " melhor trabalhar que roubar", ou então " essa criança deveria estar no colégio". Mas se estamos de mau humor simplesmente damos um não, ou fingimos não ouvir a criança e terminamos justificando " se eu comprar vou estar incentivando a vagabundagem dos pais que deveriam estar trabalhando".
Não estou de forma alguma criticando qualquer um que faça algumas dessas coisas que citei a cima, o que eu quero demonstrar é a nossa necessidade de criticar menos e de apoiar mais as atitudes morais, porquê ser amoral não é estar fora da maldade humana ou do excesso de babaquice exibicionista do humanismo.
Dar um prato de sopa ao morador de rua não vai salvar a vida dele. Cobrar do governo uma ação eficaz de apoio humanitário e mais cobrança sobre essas pessoas porque morar na rua não deveria ser uma opção.
fechar os olhos ou considerar natural também não. deveríamos tentar deixar a conveniência de lado e ser o brasileiro receptivo e humano com nosso próprio povo. Se houvesse mais gentileza e consideração haveriam menas ongs, menos bolsas famílias, menas situações infames e com isso um grande peso social sairia das nossas costas. Mais transportes públicos gerariam manos constrangimentos ao ocuparmos lugares preferenciais. Mais cuidados com a população de rua geraria mais cidadãos e menos constrangimento de termos de catar moedas nos bolsos para pessoas que deviriam estar recebendo salários.
Então vamos combinar uma coisa? Nem certo, nem errado, nem conveniente apenas mais humanos.