segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os livros que lemos.

                                                                                                                                                                                      Os livro que lemos,
nos levam a encarar mais seriamente a disposição intelectual do texto, que de frente nos digladia com suas exposições onde hora narrando, hora dissertando, ou como dissertativo narrativo, nos expõe a literatura lírica, mundana, proibida, instrutiva ou filosófica. Tudo depende da disposição da composição linguística, que sendo serva de abeis mãos avidas, pelo discorrer das palavras, derramam sobre o papel a fluência do pensante, que de bom grado pode ser oculto ou explicito nesse mar de palavras. Hitler era considerado perigoso não por suas disposições ao despotismo, mas a sua capacidade argumentativa, graças a Deus Hitler tinha somente o dom da argumentação, pois se sua guerra fosse filosófica e se ao invés da força, ele empunhasse a pena, em que mundo viveria hoje? Mas por outro lado quando a argumentação transcende os ramos da mesquinhes e surge vencendo os últimos galhos da ignorância, a generosidade espia sobre a árvore da vida, e vislumbra o sol da filosofia a derramar seus raios literários; vemos finalmente às trevas da ignorância se afastar perante a luz da literatura, seja esta quando uma criança se debruça sorrindo sobre as histórias de Péter Pam, ou se quando em espada em punho nos vemos envolvidos nas tramas de Richelieu, vivenciando as aventuras escritas por Dumas. Desenvolvendo assim o raciocínio que principesco, brotou nas palavras fecundas de um poema que exaltou o dom que surge nos verdadeiros poetas, desenvolvo minha falácia não narrando ou dissertando, mas ousando andar no fio da faca que beira a soberba do falastrão e razão do simples falante. O texto é então sem querer ser plagiador, o poder que mesmo, sobre a maça da ditadura dos que impõe a limitação e a censura à palavra, mesmo que às vezes sobre o farrapo de um pequeno brado de Vox Populi, o que se mostra eficaz para narrar, entreter, instruir, convencer, revigorar, otimizar, desenvolver, fazer pensar, fazer crer,  fazer sonhar. 


Flavio Arezzo.