Os livro que lemos,
nos
levam a encarar mais seriamente a disposição intelectual do texto, que de
frente nos digladia com suas exposições onde hora narrando, hora dissertando,
ou como dissertativo narrativo, nos expõe a literatura lírica, mundana, proibida,
instrutiva ou filosófica. Tudo depende da disposição da composição linguística,
que sendo serva de abeis mãos avidas, pelo discorrer das palavras, derramam
sobre o papel a fluência do pensante, que de bom grado pode ser oculto ou
explicito nesse mar de palavras. Hitler era considerado perigoso não por suas
disposições ao despotismo, mas a sua capacidade argumentativa, graças a Deus
Hitler tinha somente o dom da argumentação, pois se sua guerra fosse filosófica
e se ao invés da força, ele empunhasse a pena, em que mundo viveria hoje? Mas
por outro lado quando a argumentação transcende os ramos da mesquinhes e surge
vencendo os últimos galhos da ignorância, a generosidade espia sobre a árvore
da vida, e vislumbra o sol da filosofia a derramar seus raios literários; vemos
finalmente às trevas da ignorância se afastar perante a luz da literatura, seja
esta quando uma criança se debruça sorrindo sobre as histórias de Péter Pam, ou
se quando em espada em punho nos vemos envolvidos nas tramas de Richelieu,
vivenciando as aventuras escritas por Dumas. Desenvolvendo assim o raciocínio
que principesco, brotou nas palavras fecundas de um poema que exaltou o dom que
surge nos verdadeiros poetas, desenvolvo minha falácia não narrando ou
dissertando, mas ousando andar no fio da faca que beira a soberba do falastrão
e razão do simples falante. O texto é então sem querer ser plagiador, o poder
que mesmo, sobre a maça da ditadura dos que impõe a limitação e a censura à
palavra, mesmo que às vezes sobre o farrapo de um pequeno brado de Vox Populi,
o que se mostra eficaz para narrar, entreter, instruir, convencer, revigorar,
otimizar, desenvolver, fazer pensar, fazer crer, fazer sonhar.
Flavio
Arezzo.
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